I AMSTERDAM

Então aqui está o terceiro e último post da série!

Por último, mas obviamente não menos interessante eis que lhes apresento Amsterdam.

Capital da Holanda, Amsterdam é uma cidade como poucas. Embora também rodeada por canais é muito diferente de Bruges. Menos medieval, mas ainda assim antiga, a cidade é absolutamente inspiradora.

Nosso hotel ficava a poucos metros da estação principal, mas posso dizer que a caminhada foi uma aventura e tanto. Quase fomos atropelados inúmeras vezes pelos milhares de ciclistas que transitam pela cidade. É absurdo o número de bicicletas nas ruas. Muito superior ao número de carros e embora haja pistas específicas para este meio de transporte, muitas vezes elas se confundem com a calçada de pedestres.  Por vezes a calçada para pedestres nem sequer existe.

Mais uma vez o sol nos contemplava nossa viagem.

Minha primeira grande impressão foram os canais. Lindos!! Fiquei intrigadíssima com as casas-barcos ancoradas por toda a cidade. Elas podem ser facilmente alugadas por turistas que não ficam mareados. O que não é meu caso.

Além de bonitos os canais são extremamente funcionais. Transitando por eles você pode ir a qualquer ponto da cidade. Nos finais de semana é comum ver as pessoas desfrutando da cidade em seus barcos de passeio. Ótima programação para os mais afortunados. Para os pobres como nós, um passeio de barco turístico pode ser feito por poucos euros. Vale a pena para conhecer o coração da cidade e entender como tudo funcionava no século dezessete.

Como em toda a cidade européia, o centro de Amsterdam é muito legal. Muitos prédios antigos e muita cultura habitam o lugar. A torre do século XVII chamada Montelbaastoren pode ser vista de vários pontos da cidade e é um dos prédios antigos mais bonitos também. Mas, certamente os museus são as construções mais interessantes da cidade. Ao menos por fora, pois confesso que só visitei o de Van Gogh. Mas para os fãs de arte, o Rijksmuseum é o mais famoso e maior deles. Lá estão as obras de Rembrandt.

Outro ponto turístico muito interessante é a Casa de Anne Frank. A menina judia que ficou escondida com sua família durante o Holocausto. No dia que passamos por lá a fila estava dobrando a esquina então não conseguimos visitar. Para não deixar em branco tirei fotos ao lado da estátua e da porta da casa. Infelizmente a casa parece ter sido reformada e não é mais cem por cento original. Confesso que isso me deixou um pouco triste.

Tulipas de todas as cores são vendidas em todo o lugar. Elas são como uma espécie de símbolo da Holanda, assim como os sapatinhos de madeira e os moinhos. As lojinhas de souvenir são mais uma vez minha parada obrigatória.

A noitinha após um jantar maravilhoso em uma das muitas casas de grelhados Argentinas, fui finalmente matar minha curiosidade e conhecer a Rua da Luz Vermelha. Sim, é exatamente como você ouviu falar. Várias casas e prédios cujas portas são de vidro, onde as meninas ficam seminuas expondo suas melhores partes.

Nem sempre estas partes são muito convidativas. Como em qualquer casa do ramo, ali tem gosto para tudo. Gordinha, magrinha, nova, velha, oriental, africana… Só escolher. Obviamente que tem também as de primeira classe. As mais concorridas certamente.

A verdade é que esta rua ficou tão famosa que acabou virando ponto turístico. Uma das coisas mais engraçadas que presenciei foram as excursões de velhinhos e velhinhas passeando por ali, sempre acompanhados por um guia. Fiquei pensando o que será que o guia fica informando aos seus turistas…

– À nossa esquerda está Katielem. Loura, 1,70 metros, 54 kg…

Agora, cômico mesmo é ver a cara dos velhinhos tentando segurar a baba. As esposas nem aí para eles, espantadíssimas pela ostentação do lugar. Elas caminham pacientemente, sem vergonha alguma por entre as ruazinhas apertadas. Analisando as sujeitas como se fosse verdura na feira.

Não tire foto das mocinhas!!!! Elas são super amigas dos policiais. Cuidado com a carteira ao passar pelos estreitos corredores. Quase fomos assaltados. E sempre negocie antes os serviços prestados… Não eu não testei, mas ouvi muitos “causos”.

Para aqueles que não têm coragem ($$) de encarar as fulanas de perto, existem outras opções. Milhares de sex shops estão espalhadas neste mesmo bairro. É só entrar e se divertir. Uma infinita opção de produtos para todos os gostos e opções sexuais, até mesmo self-sex. Você fica perdido lá dentro. Existe até Outlet ou Direto de Fábrica.

Se você não curte esse tipo de coisa, mas ainda sim se considera meio pervertido, existem as casas de shows. Streep-tease, sexo ao vivo, gay, etc… Parecem até mesmo teatros do tipo Broadway, fazendo até fila de espera. Muitos permitem a entrada de casais, caso você esteja acompanhado do seu respectivo.

Não, eu não entrei… Muito caro!!!

Em última instância e caso você seja um chato, conservador, cheios de tabus e preconceitos eu aconselho as “cafeterias”. Sim né, porque se você não curte sexo, no mínimo deve curtir dar “um tapinha”!! Não? Hahahaha!!!

Para quem não entendeu, as cafeterias são os locais onde se pode consumir drogas. Maconha, haxixe, chás, etc. Tudo pode ser comprado e CONSUMIDO ali. Sim, porque em Amsterdam as drogas são legalizadas. Ou melhor, semi-legalizadas. Você não pode sair nas ruas e acender um baseado simplesmente. As drogas somente podem ser consumidas em locais permitidos. Se pegarem você consumindo em locais públicos é cadeia na hora.

Agora sim você deve estar se perguntando:

– Se ela não entrou na casa de shows, no mínimo ela comeu um “bolinho” na cafeteria né?

– Pior que não!!!  (razões desconhecidas)

Mas Amsterdam tem muito mais a oferecer… Como por exemplo: CERVEJA!!!

Agora sim estamos na minha área!!!

Cervejarias por todos os lados! Pubs por todos os lados! Um espetáculo alcoólico.

Como não deixaria de ser, a mais divertida das cervejarias e mais famosa também é a Heineken. Uma visita imperdível. O World of Heineken (mundo da Heineken) é uma Browery, ou melhor, fábrica de cerveja muito legal.

Durante a visita você conhece toda a história da marca, degusta as diferentes fases de fermentação, é engarrafado, pode fazer uma garrafa com seu nome e o melhor: degusta a cerveja em sua fase mais saborosa… Gelada!!!

Nunca fui muito fã da Heineken, mas apreciar a cerveja direto da fonte é uma experiência e tanto. Não deixe de ir.

Como Amsterdam é uma cidade globalizada e moderna, existem milhares de restaurantes típicos por lá. Argentinos, chineses, japoneses, libaneses e obviamente brasileiros.

Como estávamos a mais de seis meses sem ir ao Brasil, pesquisamos na net o endereço de uma churrascaria brasileira na cidade. Foi uma longa caminhada para encontrarmos o lugar e ao chegarmos logo percebemos que a internet pode ser uma ferramenta enganadora.

O restaurante era minúsculo e de aparência bem duvidosa. Mas como a vontade era muita, resolvemos arriscar. Grande erro!

Tá certo que eles tinham caipirinha e guaraná, mas carne servida e assada por um português (de Portugal) não dá né!!!

O que ele entendia por churrasco para mim não passava de uma piada de mau gosto. Carne torrada, picanha requentada e a costela, ah meu Deus a costela!!! Era um pedaço de osso no espeto. Aí perdeu a noção do perigo!

Pior era o assador/garçom que ao saber que éramos gaúchos ficava brincando de “advinha qual é a carne?” conosco. Era só o que me faltava mesmo!!!!

No outro dia voltamos ao argentino para compensar…

No último dia decidimos por fim alugar as bicicletas. Muitoooooooo legal!!! Embora eu não andasse a mais de 15 anos, me acostumei rapidamente às pedaladas. É bem como diz o ditado… Bem, devo confessar que quase caí umas duas ou três vezes, mas só serviu para dar mais emoção ao passeio.

Fomos ao Vondelpark, aquele parque que dizem poder fazer sexo liberado (acho que é mentira, pois não vi ninguém nem dando um beijinho por lá). Pedalamos até o moinho principal da cidade. Passamos por todos os lugares que nossos pés se recusavam a ir sozinhos.

A dor nas pernas e no bumbum não estava no previsto, mas valeu muito à pena! Não deixe de alugar uma bicicleta quando for a Amsterdam.

O clima de Amsterdam é muito legal e não me refiro à temperatura não. As pessoas são bonitas e educadas. A paisagem é esplêndida e renovadora. As bicicletas fazem um charme à parte e a cerveja convida o visitante a nunca mais ir embora.

Uma cidade memorável onde um dia desejo certamente retornar.

Beijos

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